7° Mate o meu pai.
-Ora, ora, parece que você ainda consegue me vencer Yuki-chan. – Natsu fala.
Yuki e Natsu se recompõem, Akira se aproxima e pergunta.
-Está tudo bem?
-Sim, ele sempre faz isso quando me vê, não se preocupe – Yuki diz sem jeito.
Akira soca a barriga de Natsu.
-Irmão idiota, não podia achar outra forma...!
-Ma.... Masamune... – Yuki fala desacreditado – ‘Não é ele.... Mas, se meu irmão começasse a brigar, iria perder!’ Entende, Onii-san?
-Coff! Coff! – Natsu tosse – si-sim.... ‘que força....’
-Francamente... – Akira diz e suspira – vou preparar o jantar.
-Oh! – Natsu olha o relógio – já é tão tarde assim?!
-Não gostaria de jantar conosco? – Masamune pergunta.
-Desculpe, fica para outro dia, tenho que voltar logo para casa.
-É uma pena – Akira diz e fica triste.
-Vou acompanhá-lo até a estação – Yuki diz.
Na rua, Yuki coloca as mãos nos bolsos e fica pensativo. Seu irmão pergunta.
-O que você sabe?
-Até agora... que ele não é a mãe...
-Hum?!?
-Algumas coisas se encaixam, outras não. Sim, foi a mãe dele que viu e não, ela não teria motivos para fazer algo contra a nossa, pois, nem sabia de nós, a não ser....
-Que alguém tenha tramado.
-Sim, mas, quem e porque?
-Não sei, porém, Yuki-chan é forte. Se fosse eu, na primeira vez que o visse, teria matado.
-Eu.... percebi Onii-san....
-Mas, por que disse que era uma reação a você?
-Por que.....parece que ele só emite esse cheiro quando está zangado. É um cheiro doce e ao mesmo tempo assustador... certo?
-Tenho que concordar... Yuki....ele é forte, mas, não parece. Sua presença é fraca também... Gostaria de vê-lo com muita raiva.
-Me arrepio só de pensar.
-Você notou também não é? Que assim como nós ele não é completamente humano.
-Por que ele? Ah...
-Não sei, mas, tome cuidado.
-O que faria se algo lhe deixasse louco a ponto de virar um vício... Natsu-Onii-san?
Enquanto isso, Akira desliga o fogo e ouve um barulho de choro.
-‘De onde...?’ – Masamune pensa e sai de casa apressado.
Andando
pela rua úmida, ao dobrar a esquina, vê uma pequena menina de cabelos
negros e fofa chorando muito. Akira abaixa-se até a altura dela e
pergunta.
-Hei....por que está chorando?
-Ma....ma.....mam.... – a garota fala e ao mesmo tempo chora.
-Se perdeu de sua mãe? Não precisa chorar Onii-san esta aqui para te ajudar... – estende as mãos.
A menina para de chorar um pouco e deixa Masamune carrega-la. Os olhos dela brilham ao olhar para Akira de perto. O garoto tenta acalmá-la mais um pouco.
-Certo, certo – Akira diz – Onii-san está aqui! ‘que fofa’
-Masamune?! – Yuki diz ao ver aquela cena.
-Ela se perdeu da mãe.
-Esse cheiro.... – fica alerta – coloque-a no chão.
-Eh?!? – obedecendo – por que? – a garota segura em um dedo de Masamune e olha para Yuki.
-Aconteça o que acontecer, Masamune – sério – fique parado.
Yuki fica na frente do garoto e tapa os ouvidos dele. Akira só conseguia ver o peito de Yuki. Atrás de Masamune e na frente de Yuki, a mulher que antes Katsuragi havia visto aparece. Ofegante e um pouco pálida. A garota larga Akira, corre na direção dela e diz.
-Mama!
-Querida! – a mulher diz carregando a menina – eu lhe procurei em todos os lugares! – olha para os dois á sua frente.
-Você é.....? – Katsuragi pergunta.
-A mãe da criança que está em suas mãos.
A voz e a expressão da mulher diante dos olhos do garoto eram ambas calmas, suaves, delicadas e triste.
-O que quer aqui? – Yuki pergunta sério.
-‘Yuki está falando com alguém? – Akira pensa e olha para cima – está sério! Algo aconteceu? Onde está a pequena? Ela soltou minha mão.... – Olha o peito de Yuki – Não consigo ouvir nada, só, sinto um perfume doce.... não é de Yuki.... onde eu já o senti antes?’
-Apenas a procura desta pequena.....porém, não se preocupe....não vou fazer nada.
-Não é isso que me incomoda – Yuki se exalta um pouco – por que não veio atrás dele todos esses anos?!? Ele acredita que você está viva! Você sabe disso
-Quer me matar?
-Hã?!
-Não se recorda do meu cheiro? Apesar de ser um bebê naquela época....
-É claro que recordo....mas – olha para Masamune – depois de saber quem é....sei que não é um monstro..... – olha para a mulher – sei que você é só um peão.
-Não, não sou um monstro. Monstro é aquele que me controla.......Uma vez por ano.
-Hum?
-É quando venho vê-lo, próximo de seu aniversário.... A cada ano, cada vez está maior e robusto – sorri levemente olhando para Yuki.
-Por que.....?
-Não posso levá-lo até onde estou e não posso ficar aqui.... Sou mãe, acredito que sabe... – se interrompe.
-Não sei mas, imagino.....então vai continuar com essa vida miserável pra sempre?
-Sim. – sem hesitar, vira-se de costas para os garotos – está tarde, devo voltar antes que dê minha falta...
-Onii-san... – a garota diz olhando para eles – mate meu PAI!
Em uma fração de segundos a mulher e a criança desaparecem. Yuki coloca suas mãos nos ombros de Akira e sorri.
-Masamune, seu cabelo está grande.
-Não corto faz um tempo.
-Daqui a uns dias ele vai alcançar os seus ombros.
-Talvez... mas, O que aconteceu...? – da um empurrão em Yuki, esse que cai de bunda no chão – por que esse risinho e troca de assunto momentânea?
-A menina encontrou a mãe – Yuki fala olhando para o chão sério.
-Yuki.... – preocupado – o que diabos aconteceu?!?
-Estou com fome... – ainda sério se levanta e caminha na direção de casa – ai que fome...
-Seu... – muito irritado – BASTARDO! RESPONDA QUANDO FOR QUESTIONADO!
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