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domingo, 10 de abril de 2016

Pure Heart - 2° Capítulo

02 Capítulo -  Novos amigos e um coração aquecido.

         Antes que perceba, Kuro desmaia. Bem tarde da noite, Kuro acorda com um belo cheiro de ovos mexidos sendo feitos. De vagar, Kuro senta-se na cama e vê o gatinho olhando para ele aparentemente o observando.

        -Já estou bem... – Kuro diz e sorri fazendo um carinho no gato.

         Makizawa entra no quarto com um belo prato de comida e um copo de suco. Suas roupas eram apenas uma blusa larga e um short.
          
         -Então, você acordou. – entrega para Kuro a bandeja – Aqui, coma algo.

          -Não obrigado....

         Sentando-se bruscamente ao lado de Kuro, Maki faz beiço como uma criança.

         -Eu não coloquei nada de ruim, então você pode comer.

         -Bem.... Eu...

         -Coma logo! – Maki diz e sorri sem perceber – né?
     
         Kuro olha para o sorriso dele e diz surpreso.

         -Desculpe por essa cena.... É que..... Isso é um pouco difícil de acontecer.

         -Você se meter em brigas?

         -Cozinharem para mim... Dessa forma.

         -Aah..... – fica vermelho.

         -Ittadakimasu! (Obrigado pela comida) – Kuro diz e começa a comer – Está muito bom! Sua mãe quem fez?

        -Meus pais não estão... Eles trabalham muito em viagens, então me visitam apenas algumas vezes.

        -Entendo.

        -E os seus? Não vão ficar preocupados?

        -Não, ultimamente.... Eles querem que eu fique bem longe.

        -Aproposito Kuro-san.... – vai para a frente de Kuro-san e curva-se – Obrigado por me salvar outro dia! – endireita-se e olha para Kuro-san.

        De repente, sem jeito e faceiramente um sorriso vai aparecendo no rosto de Kuro-san e ficando enorme.

        -Não tem que me agradecer, afinal você me salvou também e isso nos deixa quites não é? E sabe..... Você sabe meu nome mas, não sei o seu.

         -Eu me apresentei no primeiro dia de aula! – volta a se sentar.

         -Eu Estava ocupado demais admirando outra coisa para ouvir o que dizia. – diz em um suspiro.

         -Hum? – não entende.

         -Por favor?

         -Suou Makizawa.

         -Maki-chan né? – come.

         -Ma-Maki –chan!!!!????

        -Foi você quem começou.

        -Eh!? – não entende.

        -Hinato Kusame.

        -Kuro é......?

        -Apelido, pelo meu cabelo.

        -Hum... Ah! Então eu não sabia o seu nome!

        -Hahaha...
        
        Como uma criança, Makizawa começa a rir também. Em quanto isso Kusame come toda sua refeição.

        -Maki-chan, deixe-me dormir hoje aqui. – Kusame diz.

        -Mas, eu só tenho essa cama.

        -Não tem problema, eu ocupo pouco espaço. – sorri como um pervertido.

        -Mesmo? Então.... Tudo bem..... Eu acho.... – fica vermelho.

        -Nunca dormiu com alguém?

        -Teve uma vez.....Mas.....Fui quase............ – fica ainda mais vermelho – vou lavar a louça! – pega o prato.

         Hinato pega o gatinho para brincar e diz baixinho.

         -Seu dono é muito Kawaii. (Fofo)

*miau?

         No outro dia, Kusame sai mais cedo para ir em casa trocar de roupa, já  Maki chega cedo na escola. As aulas passam e no intervalo, Maki abre seu Bento vê bastante comida, suspira e pensa.

        -‘Eu e meu estranho hábito de cozinhar demais, será que consigo comer tudo?’ Ittadakimasu.

        De uma hora para outra, Kusame para o que estava fazendo, vai até a mesa de Maki como se estivesse hipnotizado e diz.

      -Né....Maki-chan!

      -Hum? – olha para Kusame.

      -Será que..... Eu poderia.... Comer um pouco do seu bento?

         Maki se surpreende, todos da sala prestam atenção nos dois. Sorrindo, Maki pega um pouco de comida com o hashi (aqueles pauzinhos) e coloca na direção da boca dele.

        -Tudo bem.... Diga “aah”

        -Aah.. – Kusame diz e come, mastigando faz uma careta de “delicia” – Maravilhoso! – puxa uma cadeira e senta ao lado de Maki – Sua comida é ótima!

        -O-obrigado.... ‘é como alimentar um gato...haha’ – começa a corar.

-Eeh! – Tashizo fica surpresa – Sua mãe deve ser boa cozinhando para Kuro-san gostar tanto assim!

-Na verdade – Maki diz sorrindo para Tashizo – Fui eu quem fez.
-Suou-san sabe cozinhar?

-Sim. Sou eu quem cozinha em casa.

-Né, né, - Kusame diz olhando para o bento de Maki – me dê mais!!
-Onde está o seu almoço? – Maki pergunta.

-Eu tenho pão de queijo, se quiser trocar comigo eu aceito!

-Claro que não baaaka! (idioota)

-Hum.... – faz uma expressão infantil – Maki-chan malvado.

-Hahahahaha... – Toshizo ri – Suou-san e Kuro-san ficaram tão amigos de uma hora para outra.

-‘É por que.....Ambos estávamos na hora errada, no local errado né...!’ – Maki pensa e sorri.

-Kuro! – uma garota diz – você tem visita.

         Kusame levanta-se e vai até a porta. Uma garota entrega a ele um presente, ele tenta recusar, porém, é vencido.

-Né, Tashizo-chan? – Maki pergunta observando Kusame – É o aniversario de Hinato ou algo assim?

-Aniversário? Humm.... – pensa – não, apenas, as garotas da outra classe gostam de tipos “perigosos”.

-Tipos.... – olha para Tashizo – “perigosos”.

-Talvez não saiba mas, Kuro-san é filho da linhagem mais respeitada dos Yakuza.

-Hum.... – indiferente – ‘Yakuza hum?’

-Desculpem a demora! – Kusame volta.

-Uwah! – Maki diz cheio – já chega.....Hinato aqui, não aguento mais. – entrega mais da metade de sua comida para Kusame.

-Verdade, para mim? Valeu Maki.

-‘Sem o “chan” ’ – começa a ficar vermelho.

-Suou-san, se sente bem? Seu rosto está vermelho! – Tashizo pergunta.

-Aah.... – Maki vira seu rosto para a janela.

-Ah! Suou-san Kawaii!

-Pare Tashizo-chan! – Maki diz.

         Na saída, Maki anda até o portão da escola e vê Kusame parado em sua direção.

-Hinato-san? Está esperando alguém? – Maki pergunta.

-Você! – Kusame sorri – vamos juntos Maki-chan! – agarra Maki e começam a andar.

-Mas, Hinato-san, sua casa fica na outra direção não é?

-Tudo Bem! Tudo Bem!

         Andando normalmente, agora ao lado de Maki, Kusame fica um pouco sério e olha apenas para o chão.

-Hinato-san, está tudo bem?

-Não...

-Eh?!? – para de andar – se sente mal?

-Não é isso, é que – para e olha para Maki – não queria que Maki-chan soubesse de quem sou filho.

-Hum!?! – se impressiona – o que quer dizer?

-Conhecer um filho de Yakuza não é “aterrorizante”?

-Não tinha parado para pensar... – fica pensativo, coloca um dedo deitado entre os lábios, abaixa a vista e sorri – mas, ao invés de “aterrorizante” – retira o dedo dos lábios e olha para Kusame – eu diria um “bebê”!

-Bebê? – fica vermelho.

-Por que – ainda rindo olhando para Kusame – você fez uma expressão realmente fofa quando pediu meu bento.

         De repente tudo fica silencioso, Maki percebe seu sorriso e logo o esconde, Kusame, que estava vidrado no sorriso de Maki, faz um sorriso de canto e diz aliviado.

-Então é assim....? – voltando a caminhar – somos amigos não é Maki?

-A-MI-GOS!? – Maki se assusta.

-Eh!? Não somos?

         Maki fica corado e volta a andar.

-Eu... – Maki diz – nunca tive amigos.

-Nunca? EH! Por que?

-Digamos que as garotas que se aproximavam me odiavam por eu ser mais... – hesitaE os garotos....acabavam fazendo certas “coisas” comigo.

-Entendo..... Deve ter sido difícil.

-O fato de eu estar em constante mudança me ajudava.

-Acho que consigo te entender Maki-chan, quando eu era menor, tinha que ser escoltado e isso depredava minha imagem. Sempre só.

-Não consigo te imaginar só. - sárcastico.

-Hehe, a primeira pessoa que falou comigo foi Sazawako.

-Eh....Tashizo-chan? ‘Espera um pouco.....ele acabou de chama-la de Sazawako?’

-É.....Depois, as escoltas acabaram e eu pude ter mais amigos apesar de parecer um pouco assustador.

-Você parece?

-Hahahaha...Maki-chan é engraçado! – repara em Maki – ‘Parando pra pensar, ainda não o vi sem gorro....parece que o cabelo dele é....grande, e tem uma franja, já que é somente ela que aparece.’ Maki, por que usa um gorro mesmo na primavera?

-Por que....sou ruivo dos pés á cabeça.

-Isso eu sei, a não ser que pinte seus cílios e sobrancelhas, mas qual o problema disso?

-Além do infortúnio de minha pele ser sensível ao sol, meu cabelo também é.

-Aaah....isso é tão ruim assim?

-Ruim? – fica pensativo – talvez, eu tenho que usar blusa de inverno no verão....mesmo com muito calor.

-Hã?

-Eu não posso ficar muito exposto ao sol sem um monte de protetor, mas, acho que não é tão ruim assim.

-Né, Maki.

-Hum?

-Somo amigos!

         Maki fica surpreso, porém, se sente mais calmo.

-Certo. - sorri.

*Ele me deixa nervoso, tem horas que sinto meu coração bater rapidamente, o que será isso? Me sinto feliz e seguro.... O que será esse sentimento....? Amizade talvez?*

         Antes que percebam, ambos chegam rápido á casa de Makizawa. Era uma pequena casa com 5 comodos, grande demais para alguém que mora sozinho. Kusame olha para Maki e diz.

-Queria ficar mais tempo com Maki-chan!

-Chegamos rápido não é?

-Nos vemos amanha na aula então.

-Ok, até amanhã.

         Kusame sorri e Maki cora.

-Até amanhã! – vai embora.

         Maki coloca a mão no peito olhando as costas de Kusame.

-‘Pensei que... – Maki pensa – meu coração fosse explodir

         Malmente entra em casa, e o telefone começa a tocar, ao atender Maki diz.

-Sim?

-Makizawa? – uma mulher diz.

-Mama! – fica feliz – como está?

-Melhor agora que estou ouvindo você! Aah, Makizawa como estão ás coisas? A escola é boa?

-É, muito divertida!

-Fico feliz!

-Né mama....

-Hum?

-Como a mama conheceu o papai?

-Como? Por acaso está apaixonado Makizawa?

-Eu.....não sei como funciona esse sentimento, né mama, me diz.....

-‘Meu bebê está um homem’ – funga – seu papa era tímido, nos esbarramos em uma sessão de fotos, na verdade ele era tão bonito que logo me senti nervosa......o convidei para tomar um café, conversamos e eu fiquei encantada, ah, eu me senti muito feliz quando nos encontramos outra vez, e, depois veio você, o fruto de minha felicidade....... – sorri.

-Aah.... Mama.......na verdade....conheço essa pessoa a dois dias e quando ela disse “somos amigos” eu me senti muito feliz.....

-Hum... Um garoto ou uma garota?

-Gar.... – para de falar – ‘conto tudo pra ela, mas, é bom dizer que é um garoto?

-Está tudo bem querido, para o silencio.... – suspira aliviada – é um garoto certo?

-Eh?! – se assusta e cora – por que...!?

-Você nunca se deu bem com garotas antes – ri.

-'Mama.... Fazia um tempo em que não conversávamos, mas, "amor"... Não pode ser não é? É mais um "gostar" como um amigo afinal, ele me salvou e de certa forma eu o salvei'

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