16. Vou te esperar. Bônus.
Tudo fica
calmo no outro dia. As aulas são serenas, porém, Nokun não presta atenção na
maioria delas. Toru-sensei chega na sala de aula e diz.
-Bom dia a todos.
-Bom dia! – a turma responde.
Nokun evita
olhar para Toru e começa a ler o seu caderno.
-Espero que todos estejam
dispostos hoje, pois suas aulas foram canceladas e o presidente do concelho
estudantil preparou um dia especial hoje, então, todos arrumem suas coisas –
observa Nokun – e vão para quadra.
Os alunos
saem da sala, Nokun demora um pouco e o sensei o espera. Quando o último aluno
sai, Toru diz.
-Algo aconteceu?
-Comigo nada sensei.... – evita olha-lo – por que, algo lhe
encomoda?
Toru cruza
os braços e fixa seus olhos no rosto do garoto.
-A questão de você não estar olhando em meus olhos seria
algo que incomoda-me demasiadamente.
Nokun se
assusta com o modo em que o sensei fala. Toru percebe a tristeza nos olhos do
garoto que diz.
-Sensei, quando falas dessa forma culta as vezes me assusta.
-Talvez devesse usa-la com frequência para dizer-me o que
há.
-Toru-Sensei... – faz uma expressão diferente – estou
falando sério!
-Seus olhos não me dizem o mesmo.
Neste
momento, Nokun estava na frente de Toru. Nokyo para, Toru estava em cima do
palco que fica a frente da lousa, ficando da altura do garoto.
-Sensei cresceu de repente.... – firma os olhos.
-Está doente.
-Sua imaginação.
-Mesmo? – Nokun ameaça cair no chão porém, sensei estende o braço
e apoia o garoto – minha imaginação diz que você vai desmaiar em qualquer
minuto.
Sensei
ajuda Nokun a ir para enfermaria. Enquanto isso, na quadra o presidente –
baixo, olhos puxados e branco – diz no microfone.
-Bem vindos ao nosso dia de jogos, escolha o jogo que mais
gostar, participe, ganhe prêmios e seja avaliado pelos professores.
-É isso mesmo presidente Murada – o Vice presidente fala – e
na maratona de 300m livres, o vencedor ou vencedora terá o direito de pedir
qualquer desejo do garoto mais cobiçado e invejado de toda a escola!
-Desejado pelas meninas, um anjo da sorte para os garotos...
– Murada diz.
-O trevo de 4 folhas de todos os clubes, Narumi Maru!
Nesse
momento, as garotas suspiram e os garotos ficam eufóricos. Maru estava ao lado de
Gion muito vermelho e assustado – pois todos os olhares eram para ele –
suspira.
-Hum.... – Maru diz quase chorando.
-É uma bela oportunidade para ver como estou na corrida –
Gion diz com ar competitivo.
-QUE OS JOGOS COMECEM! – o Presidente e Vice dizem juntos
Maru
encolhe-se. Na enfermaria, a enfermeira diz.
-Isso foi só uma vertigem....estou ficando preocupada.
-Por que? – Toru pergunta preocupado – algo errado?
-É o terceiro caso apenas hoje, sétimo essa semana...
-Entendo. É realmente preocupante, será a água?
-Boa questão, vou fazer uma pesquisa. Agora preciso ir na
sala do diretor, poderia ficar com ele?
-Uhum, tudo bem.
Em volta da
cama de Nokun estava uma cortina que fazia sombra. Ao lado da cama, Toru
senta-se em um banco. Nokun esta adormecido, com um soro em sua veia cheio de
remédios.
-‘Ele está tão tranquilo dormindo dessa maneira – acaricia o
rosto de Nokun – nem parece real’
-Sensei... – diz dormindo – sensei.....não me deixe..... –
faz uma expressão dolorosa.
-Nokun... – fica impressionado – você me ama de tal
forma.....que até sonha comigo....? ‘tenho medo do que vai acontecer....’
Devagar,
Nokun abre os olhos e vê Toru o observando.
-Acho que morri e fui para o céu. – Nokun diz.
-Na verdade veio para a enfermaria.
-Prefiro o quarto do sensei.
-Nokun! – vira seu rosto corado.
-Sensei é tão fofo.... – sorri.
Toru abaixa
um pouco a cabeça e sorri.
-Por que veio hoje?
-Ficar em casa seria tão chato....prefiro vir e ver o
sensei.
-Nokun, aconteceu algo? Você está tão estranho.
De uma hora
para outra, Nokun fica sério e não olha mais para Toru, apenas olha para o
teto.
-Minha mãe ligou.... – Nokyo fala – disse que...eu devia
pensar sobre...
-Sobre?
-Morar com ela e meu pai. Digamos que estão com “saudades”.
-Ah... – fica em choque.
-Não que antes isso já não tivesse ocorrido, mas, agora eu
não sei realmente o que fazer.....
-Talvez... devesse morar com eles, quanto tempo faz que não
vê seus pais?
-Pais? E eu tenho isso?
-Hum?!
-Sensei, admiro que meus pais amem o que fazem, porém, deixar
a família em segundo plano e seguir com a carreira em primeiro é um pouco
doentio. Além do mais, dar dinheiro e presente para o filho só para que ele
fique feliz....isso não é ser pai em meu conceito.
-‘será que.....Nokun
só procura em mim um pai? Então esse “amor” é só....’ – fica triste.
-Eu não quero ir......não dormi pensando nisso.... – fecha
os olhos – agora que consegui forças para me declarar....não quero ir.
-No...kun....
-E não é só isso... – vira seu rosto para Toru e coloca sua
mão no rosto do professor – Tenho um ótimo amigo e um amor aqui.... Não vou
arredar o pé.
-Nokyo.... ‘Não acho
que esse seja o caso não é...?’ Tente pensar isso com calma...
-Eu já pensei – sorri – ficarei aqui sensei.... – se senta
na cama e beija o homem sentado ao seu lado – esperarei pacientemente até o
sensei me dizer que me aceita.... – pega o seu celular no bolso e disca um
número.
-O que quer dizer com aceitar?
-Você e eu juntos em uma cama... – pisca para o sensei em
quanto coloca o celular no ouvido.
Sensei fica
vermelho como um pimentão.
-Nokyo?! – uma mulher fala.
Nokun se
senta rapidamente na cama e vê uma mulher alta, de cabelos loiros, morena, com
roupas sociais. Ao lado dela, um homem um pouco mais alto que Nokun, forte e
muito parecido com o garoto.
Na quadra
de esportes, Maru senta ao lado do presidente do concelho estudantil e observa
atentamente a corrida.
-Preocupado? - O presidente pergunta.
-Por que eu? – Maru pergunta – onii-san?
-Por que és fofo – sorri – e sabia que não iria recusar.
-Ah...
-‘Onii-san?’ – o vice presidente pensa.
E o
vencedor da corrida é uma garota, que ganha um inocente beijo na bochecha.
Em quanto
isso, na enfermaria Toru sensei levanta-se e se apresenta.
-Me chamo Toru, sou o sensei de matemática.
-Ah, encantada – a mulher diz e sorri – sou a mãe de
Nokyo... Este é o pai...
-Olá, ele está bem no colégio sensei? – o homem pergunta.
-Sim, as notas dele são sempre exemplares.
-Mãe, o que faz aqui? – Nokun pergunta.
-Hum.... – a mulher olha para o marido.
-Vamos leva-lo para casa sensei, obrigado por cuidar do
nosso garoto – se curva.
-Ah.... Isso é meu dever! – curva-se sem jeito em retorno.
Felizmente
nos jogos, Gion consegue ganhar quase todas as competições onde o prêmio era
alguma coisa relacionada a Maru, entretanto, ganha também um corpo dolorido. Na
volta para casa, Maru se diverte comentando sobre os jogos quando um carro
preto estaciona próximo a eles e Nanami saí de seu interior.
-Narumi. –
ela diz – Maru se volta para ela, olha para Gion e insinua correr – está mesmo
certo em correr?! Não importa o que aconteça?
Maru fica
apreensivo e fecha os seus punhos.
-Maru...... – Gion fala e olha para ele – Nanami-san? O que
está acontecendo?
-Maru voltará comigo hoje para casa.... Não é Maru?
-Eu.... O que?! – ele diz agitado.
-Você é quem decide.... – sorri maliciosamente e aponta para
a porta do carro.
-Como se eu fosse com você!
-Ah... Então não importa se o seu amigo se ferir – estala os
dedos e o segurança abaixa o vidro do carro apontando uma arma.
-Mas o que...?! – Gion diz.
-Tudo bem! – Maru fala – Tudo bem! Eu vou..... Eu vou....
Amanhã. Eu prometo.
-Hã?! Acha que vou acreditar?
-Alguma vez vos menti? – magoado.
A mulher
retruca, porém entra no carro e vai embora. Gion e Maru voltam para casa em
silêncio. Após ambos tomarem banho, Maru senta na cama ao lado de Gion na cama
e diz.
-Gion....
-Você vai voltar a morar com ela? – ele diz sem nem mesmo
olhar para Maru.
-Eu estou feliz! – sorri e Gion o fita – estou feliz de ter
encontrado você.
-Maru...
Mesmo
vermelho, Maru se joga em cima de Gion e começa a beija-lo levantando a sua
blusa e logo a retirando. Gion cede ao garoto e toma a frente ficando em cima
dele e o acariciando. Após duas vindas, entre uma penetr*** e outra, Maru prende
Gion entre as suas pernas e diz.
-Eu vou voltar.... – baixo e Gion se surpreende olhando em
seus olhos – eu vou voltar então... – acaricia o rosto do rapaz – espere por
mim.
O silêncio
no olhar entre os dois amantes era intenso, porém, Gion abraça o garoto e diz.
-Espero que não demore....
Ao acordar
no outro dia, Gion não encontra Maru ao seu lado. Na escola, o garoto havia
sido transferido de repente e não dava notícias de si nem para o melhor amigo.
Os dias e
meses passam, finalmente a formatura chega e Gion fica nostálgico na frente da
escola segurando o seu canudo.
-Gion! – Noru se aproxima em roupas informais dizendo.
-Yo! – Gion diz ao percebe-lo.
Ambos saem
para caminhar e Noru pergunta.
-O que pretende fazer agora?
-Continuar estudando oras... – ri.
-Claro.... Que pergunta boba.... – sem jeito.
-Se está falando dele.... Eu vou esperar.... Até o dia em
que eu não poder mais... – olha para Noru sério – eu vou esperar.
-... – rir – a quem eu quero enganar? – bate no ombro do
rapaz.
-‘Eu sei que... Você vai voltar.’ – sorri.
~Fim???~
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