Ao chegar
no trabalho um pouco mais cedo, Tsune e Norito veem Samantha sentada em sua
mesa fumando um cigarro. Ao redor havia incontáveis garrafas de cerveja e no
cinzeiro vários bicos de cigarro. Nesta cena “trágica” Norito diz.
-Houve uma festa e você nem me convidou Samantha? Eu teria
trago música.
-Sinto que não foi uma festa tão emocionante assim. – Tsune
fala com sarcasmo.
Samantha
olha para os dois definitivamente com dor de cabeça e sono.
-Nós brigamos e eu vim pra cá, algo mais?
-Na primeira briga... – Norito se aproxima e retira o
cigarro da boca dela – e você já está planejando o seu suicídio.
-Samantha..... – Tsune começa a recolher as garrafas – lave
seu rosto e durma no sofá, daremos um jeito no seu trabalho, então, por favor
antes que os outros e até ela chegue...sabe que ela deve está preocupada...
-Você tem razão... – Samantha diz e vai cambaleando para o
banheiro.
Ao ouvir a
porta se fechar, Norito pergunta.
-O que faremos?
-Limparemos a sala e deixaremos que elas se resolvam.
-Isso me lembra quando brigamos....você chegou porre em casa
e tivemos sexo selvagem a noite inteira...
-Você falando desse jeito me assusta às vezes.
-Desculpe.... – olha nos olhos de Tsune – mas foi
fascinante.
-Quer repetir a dose agora mesmo? – envolve Norito em seus
braços.
-Adoraria.... – se afasta – mas, temos que trabalhar.
Ambos riem
e limpam tudo rapidamente. Depois de um bom banho, Samantha deita-se no sofá e
começa a dormir. Todos chegam no trabalho, quando Marina se aproxima de sua
mesa e não vê Samantha na dela diz.
-Bom dia.
-Bom....dia... – todos respondem concentrados.
-Onde ela está?
-Shiii – Sagane diz – ela está dormindo.......... Marina,
fale baixo.
-Dormindo? – olha para Tsune que estava batendo cabeça com
alguns papeis.
Cada um dos
rapazes estava com papeis diferentes e notebooks escrevendo ou lendo algo. Marina
senta-se em sua cadeira e liga o seu computador, porém, não consegue evitar e
fica irritada ao estremo. Levanta-se vai até a pia e enche um copo com água.
-‘A sala está
cheirando insuportavelmente a cigarros, e aquelas garrafas escondidas ali não
enganam ninguém! Dar o seu trabalho para outra por que encheu a cara a noite
toda é demais!’
Marina
aproxima-se de Samantha com o copo, todos ficam paralisados olhando para a
garota, Norito fala baixinho.
-Essa garota quer morrer...Tsune....! Faça algo.
-Já é tarde... – Tsune responde – mas, preste atenção e
entenderá por que eu estou quieto.
-hunm... – geme – foi bom conhecer você.
Na frente
de Samantha, Marina para e joga a água do copo na mulher que estava dormindo.
Samantha acorda espantada e irritada com muita dor de cabeça, ergue os olhos,
vê Marina que diz sarcástica.
-Ops, acordei você chefe? Não foi a intenção.
Todos na
sala silenciam-se. Marina fica com uma expressão zangada e fala.
-Esta sala está cheirando a cigarros, se você bebeu a noite
toda, eu não me importo, mas, não trabalhar e deixar o seu trabalho para todos
aqui é pura falta de bom senso! Todos têm suas próprias tarefas.
Samantha
levanta-se e fica cara a cara com Marina, essa que, não intimida-se pela altura
ou pela expressão furiosa que a mulher estava fazendo.
-Esta é minha empresa, Meus funcionários e eu faço o que
QUISER!
-Roupa suja lava-se em casa... - Marina diz – e você não é
nenhuma criança mimada que fica brincando de controlar seus bonecos!
-O que está falando sua pequena...?! – é interrompida.
-Posso ser pequena Samantha, porém, não tenho medo de você!
Portanto, lave essa cara e volte ao trabalho! Afinal, sou uma babá responsável
e você não pode agir como bem entende, caso contrário meu trabalho não estaria
sendo bem feito.
Todos
pensam que Samantha iria retornar a fala de Marina com um ato violento, porém, Samantha
olha dos pés a cabeça Marina e vai para o banheiro batendo a porta com força.
-Garota..sou seu fã. – todos falam juntos.
-Nunca ninguém bateu de frente com Saman-sama.... – Sagane
diz.
-O dia ainda não acabou rapazes... – Tsune fala – e Samantha
ainda está zangada.
Marina
cambaleia e senta-se rapidamente no sofá.
-Marina! – Shimura diz – você está bem?
-Estou...apenas cansada, aprecio a preocupação.
Quase tudo
volta ao normal, Marina trabalha de mau humor na sua mesa, Samantha de péssimo
humor na sua, o clima fica extremamente tenso. Todos os rapazes saem da sala
para cobranças e alguém bate na porta. Marina atende, curva-se com um sorriso
enorme e diz.
-Seja bem-vindo, o senhor é....?
-Pai? – Samantha olha e pergunta – o que faz aqui? Disse que
não queria ve-lo.
-Ora Samantha – o homem de semblante jovem parado na porta
diz – contratou uma linda secretária e não quer que eu venha visita-la.
-Por favor entre – Marina diz – prepararei um chá.
-Obrigado.
-Não o convide pra entrar! – fica um pouco inquieta.
O homem
fica sentado na cadeira em frente á mesa de Samantha, Marina se aproxima e
serve o chá.
-Aqui está.
-Muita graciosidade de sua parte, nobre dama... – o homem
diz e beija a mão de Marina – me chamo Fujioka, podes me chamar de Fuji, estou
ao seu dispor.
Marina
sorri educadamente.
-Chamo-me Marina, grata em conhecer alguém tão gentil.
-Eu sou gentil. – Samantha diz olhando aquela cena enciumada.
-Ninguém falou com a insensível de minha filha.
-Fuji-san, se me der licença.
-É claro, porém, seu numero de telefone seria muito viável
neste momento.
Retirando
um cartão de seu bolso, Marina diz.
-Aqui. – sorri.
-Obrigado. – solta a mão de Marina e olha para Samantha.
Samantha
levanta-se da cadeira e diz.
-Não faça o que ele te pede caramba! – nervosa.
-Isso foi uma ordem? – Marina pergunta olhando para Samantha
com indiferença.
Marina vai
em direção á sua mesa enquanto Samantha senta-se bruscamente na cadeira e diz
com um olhar perdido.
-Estou perdida.
-Parece que temos alguns problemas emocionais aqui.
-Vou mata-lo!
-Hahaha, é bom vê-la também...
-O que quer?
-Em alguns dias – entrega alguns papeis para Samantha – os
clientes aumentaram, o numero de empregados também crescerá, vim apenas avisar.
-Samara sabe disso?
-Você é quem comanda não ela. Entretanto, soube do que
aconteceu outro dia com sua madrasta.
-Se ela falar merda outra vez na minha frente, á mato.
-Uuuh, ainda tem coragem de falar isso na minha frente?
Entendo o que sente mas...
-Não Fujioka, você nunca entenderia. – olha para o homem em
sua frente – está beirando os setenta e sua face continua brilhando, como
diabos consegue isso?
-Quem sabe? – sorri.
Alguns
segundos depois, Fujioka vai embora. O silencio toma conta da sala novamente,
Samantha aproxima-se de Marina e pergunta.
-Está zangada?
-O que parece pra você chefe?
-Que quer me matar com os olhos.
-Belo palpite.
-Escuta eu... – a porta abre-se.
Por ela,
Sauro passa e diz.
-Samantha..... – chorando.
-Sauro? O que há com você? – se aproxima do rapaz.
Marina vai
até a pia, esquenta um pouco de água e coloca um pouco de chá para o rapaz em
prantos. Samantha senta-se na frente dele e quando Marina serve o chá, Sauro
diz.
-O-obrigado... – vermelho.
-Sem problemas... – Marina diz sorrindo e entrega um lenço
para Sauro.
-Poderia sentar-se ao meu lado? – Sauro pergunta.
-Mas eu... – Fica impressionada.
-Por favor....? – funga – minha irmã não dá a mínima pra mim
então.
-Tudo bem.... – senta-se. – ‘eles são irmãos?’
Sauro fica
sem palavras, a garota era além de bonita gentil.
-Desembucha Sauro! – Samantha diz estressada.
-Papai quer me casar.
-E o que tenho haver com isso?
-Com sua EX!
Samantha
fixa seu olhar para Sauro e Marina apenas olha para o nada fingindo não ouvir.
-Harumi? Ela tem a metade de sua idade.
-Não....Karin.
-Ka... – Samantha repete e logo cala-se pensativa.
-‘Então você é popular
não somente com homens.......’ – Marina pensa.
-Me salve, você sabe que Karin e eu crescemos juntos e vocês
namoraram então....
Cruzando as
pernas com uma expressão maliciosa, Samantha suspira e diz.
-Está com medo de não ser homem o bastante para ela?
-Não tenho medo, Samantha, sinto-me traindo você.... – mais
lágrimas caem – e não quero isso!
*As palavras de Sauro me convenceram que ele ama muito
Samantha para fazer algo como não querer casar com a ex dela.....entretanto,
isso me leva a pensar que, ela ainda sente algo por essa tal de Karin....depois
de tudo o que aconteceu...fui apenas uma substituta para Samantha? Isso me
deixa irritada.*
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