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segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

O Príncipe da Natureza - 4° Capítulo

4. Anões e meu medo.

         Urano senta-se ao lado da fogueira tentando se aquecer em quanto Yoru fazia o jantar. Seus olhos estavam vidrados no fogo. 

-No que sua história se resume? - Urano pergunta. 

-Hum.... Apenas em andar sem rumo a procura de um local fixo..... 

-Eh... 

-E a sua? Um príncipe que resolve fugir depois de ser saqueado.... Encontra um viajante e começam a andar sem rumo....? Não.... Seria... 

-Fui criado em um vilarejo, minha vó, foi sempre a mais próxima de mim... Meus irmãos – Urano fala – me ignoravam e me tratavam como um ninguém..... Vovó dizia que era por causa da profecia, e que, tudo iria acabar bem. Só que, eu não sabia que o nome de nossa família era Golden. 

-Golden? – Yoru pergunta admirado – Eles não tinham deixado de existir ... Esse clã? 

-..... 

-As pessoas tinham medo, por que, eles traziam má sorte. 

-Não... Eles estavam errados... – fica triste e fecha seus olhos – completamente errados, somos quem matem o equilíbrio entre o homem e a natureza, se nos matar, a natureza terá um colapso e os homens serão instintos! 

-E aqueles que estão atrás de você? 

-Eles são servos de – abre os olhos e fica nostálgico – Lithium.... Que é filha de Matsura, um homem que descobriu como passar os poderes da natureza para ele mesmo, com isso ele deseja controlar a todos... Um homem das sombras que vendeu sua própria alma para o demônio, só, para ter em suas mãos o controle de tudo... Mas, ele precisa me matar.... Para poder concluir o ritual que começou. 

           Yoru olha para Urano e retira a comida do fogo. Percebe que o garoto estava muito mal, triste, desolado. 

-Você é o último? 

-Não sei.... Vovó disse que mais pessoas sobreviveram, e que, se dispersaram.... Disse que por mais perto que meu aniversário ficasse, mais presentes de elementos iria ganhar.... 

-Aqui... – serve um pouco de comida para Urano – coma e vamos esquecer esse assunto por enquanto. 

-Certo... 

             Urano come pouco e logo vai dormir. 

              No outro dia, ambos levantam cedo e começam a caminhar novamente, alguns passarinhos pousam no ombro de Urano, porém, nem isso levanta seu humor. Já ficando um pouco irritado com isso, Yoru pega a flor de um arbusto, vira-se para Urano e colocando a ela a cima da orelha do garoto diz. 

-Proíbo você de ficar triste e está flor vai acalmar seus nervos. 

               Urano que, de primeiro momento se assusta, se tranquiliza e sorri. 

-Obrigado, muita gentileza de sua parte. 

                Yoru não resiste, curva-se e beija de leve os lábios de Urano. Após o calmo beijo, Urano abre os olhos e diz. 

-Sabia que não estava errado.... 

-O que quer dizer com isso? Fo-foi só um impulso, desculpe se te assustei. 

-Não foi só um impulso... – abaixa os olhos tristes – Eu amo você Yoru. 

                Olhando assustado para Urano, Yoru faz uma expressão confusa e diz. 

-Somos homens Urano. 

-Ser homem não me impede de gostar de você! 

-Isso não é certo. 

-Então me diga, quem me beijou duas vezes em três dias?! – se irrita e anda na frente. 

-Espere Urano! 

                  Urano para um pouco longe de Yoru e se assusta. Olha para trás e vê o garoto perto de si. 

-O que há com essa expressão? – Yoru pergunta – Eles estão aqui? 

-Não.... É.... Outra coisa..... – começa a tremer. 

-Urano? O que sente? O que há? 

-Eu não sei... – começa ficar ofegante e olha para trás. – anões. 

-Anões? 

                   Alguns homens armados aparecem, porém, não passavam de meio metro, e cercam os dois. Um deles com roupa mais bonita e parecendo bem mais educado. 

-Dois coelhos em apenas uma facada. – o homenzinho diz. 

                    Urano agarra-se no braço de Yoru, que fica um pouco feliz e ao mesmo tempo não entende. 

-Não queremos nada com vocês, deixe-nos prosseguir. – Yoru diz. 

-Você não quer, mas, nós queremos.

-Saqueadores hein? – Yoru diz – pois bem, tem certeza que querem lutar? 
Acabo com vocês em um minuto!

                     Quando os anões resolvem atacar, uma voz feminina diz.

-PAREM!

                     Uma anã muito fofa e bonita aparece, e eles param. 

-Desculpe pela grosseria nobre rapaz.... – olha para Urano que ainda está tremendo muito – venham, estão convidados para o nosso banquete, como pedido de desculpas.

-Irmã... – o líder diz.

-Mack, recomponha-se idiota, você é tão burro!

                     O grupo os levam para um pequeno acampamento. Onde eles sentam-se numa enorme mesa, havia música e pessoinhas dançando ao redor do fogo, a anã serve vinho para os dois e diz.

-Lembra-se de mim? Você salvou minha vida uma vez.
                     
                     Yoru força um pouco e fala.

-Many, como poderia me esquecer! Então é aqui que está? Como anda os negócios?

-Bem, graças a você. Bebam, vamos nos divertir um pouco.

-Claro! – Yoru diz e dá uma bela golada.

-A-ah.... E-eu nã-ão be-bebo.... – Urano diz gaguejando.

                      Urano estava sentado encolhido ao lado de Yoru com os olhos na mesa. De repente, Mack senta-se ao lado dele com um prato cheio de carne e diz. 

-Coma pequeno, coma! Parece tão magrelo e tão desnutrido!

-Iiiih.... – Urano engole um grito ao ver Mack tão perto.

                     Yoru vira-se para Urano e diz.

-Ele precisa – agarra Urano e sorri – de um pouco de água, vou com ele até o rio, divirtam-se, ele está bem... – levantam-se – voltamos já!

                       Depois de alguns minutos, Urano e Yoru chegam a margem do rio e Yoru pergunta. 

-Qual é o seu problema? 

-Eles me dão..... Calafrios..... Arrepios..... Tenho tanto medo que quero gritar..... – começa a lagrimar – vamos embora! 

-Depois que conseguimos comida de graça? Negativo. 

-Mas.... 

-Você tem algum trauma? 

-Não... 

-Então por que tanto medo? 

-Eu não sei... 

                     Yoru suspira, abraça Urano com força e diz. 

-“Seu medo ira sumir a partir de agora, eles não lhe farão mal” se fizerem, os matarei.- sorri sinicamente.

                      Urano se tranquiliza e fica hipnotizado pelo cheiro de Yoru, de repente seu corpo já não mais tremia, e suas lágrimas haviam secado. 

-Yoru.... 

                      Yoru afasta um pouco Urano de si e diz. 

-Tenho que aprender a me controlar... 

-Do que está falando? 

-Quando olho pra você, apenas quero fazer coisas pervertidas contigo... – se curva e o beija. 


 Fim do 4° Capítulo

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