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domingo, 7 de outubro de 2012

Choro de um Yakuza - 6° Capítulo



6. Discussão.
            Alguns dias depois, Marina um pouco preocupada diz.
-Tem tanta coisa pra fazer.....esse trabalho está me matando..... – suspira.
            Sem querer, Tsune ouve essa pequena reclamação sem querer, vai até Samantha e diz.
-Aniki, você não acha que está enchendo Marina de coisas pra fazer?
-Por que? – Pergunta prestando atenção em seus papeis.
-Não sei, ela parece cansada, acho que não está aguentando tanto trabalho.
-Então, peça á ela para dar a você metade do trabalho dela... – diz com os olhos baixos – e caso resolvido.
-Por que á mim?
-Ela não veio reclamar diretamente pra mim, creio que não reclamou pra você então, não mandei você dar a ideia.
            Assim como o mandado, Tsune oferece sua ajuda á Marina, Marina cuidava de basicamente todos os setores da empresa, então a parte financeira fica nas mãos de Tsune.
            Dias depois, alguns homens de roupas “pomposas” entram no escritório de Samantha sem autorização e um deles diz.
-Salimantha! – com sotaque estrangeiro.
-Vai tomar um tiro se falar dessa maneira escro*** outra vez! – Samantha diz voltada para seus papeis.
-Sauro – Tsune diz – acho melhor você se retirar.
-Irmã, preciso falar com você. – Sauro diz.
-Sai da minha sala cão dos infernos! – Samantha fala – não temos nada pra falar.
            Com a cabeça baixa, Sauro e os outros rapazes saem da sala. Dois segundos depois Samantha grita.
-MARINA!
-Não precisa gritar... – levanta-se – estou quase do seu lado chefe. – chega na mesa de Samantha.
-Veja – entrega um papel para Marina – dê uma boa olhada neste documento e me diga o que vê.
            Após alguns segundos, Marina faz uma expressão de desacreditada e diz.
-Mas, isso não estava assim...
            Sauro entra outra vez na sala, porém, sozinho e fala.
-Irmã... – é interrompido.
-NORITO TIRE SAURO DAQUI AGORA!
-Certo! – Norito vai até o rapaz – por favor...
-Você viu... – Marina explica – eu lhe entreguei um relatório não faz muito tempo...
-Na verdade eu vi.
-O que está acontecendo? – Tsune pergunta.
-Sumirão 1 mil do dinheiro de Samantha. – Marina diz.
-Isso é impossível...
-Eu lhe entreguei está parte não foi?
-Entregou, porém, dividi tudo com Samurai, essa parte ficou com ele.
-E onde ele está? – Samantha pergunta.
-Não sei....na verdade é estranho por que, não o vejo á dois dias no mínimo.
-Tsune – Samantha diz com um olhar maldoso – Ache meu dinheiro e o culpado antes das seis, se não fizer isso, sua cabeça vai rola – olha para os outros rapazes – ajudem-no.
-Certo.
-‘Samurai....’ – Marina pensa aflita.
            Marina não consegue trabalhar direito, estava preocupada e aflita demais. De repente o celular de Samantha toca e ambas vão para o carro. Samantha estaciona em um local onde estava sendo construído uma casa grande. Ambas entram e caminhando, Samantha coloca suas luvas. Marina fica assustada, estava quase noite, então logo a frente em uma semi lua estavam os “homens de preto”, a equipe de Samantha e no meio, Samurai estava de joelhos. Samantha se aproxima soca Samurai. O homem cai no chão e Samantha pergunta.
-Estava tentando fugir com o meu dinheiro Samurai?
-Saman-sama eu.. – é interrompido.
            Em cerca de segundos, Samantha da um combo máximo de chutes de socos em Samurai.
-Eu por acaso permiti que falasse? – Samantha diz – Você sabe o que acontece com os traidores, porém, no seu caso, serei rápida....você nem sentirá dor.... – sorri sarcasticamente – muita.
            Marina fica perplexa e começa a chorar, Samantha pega impulso para socar o rosto de Samurai mais uma vez, porém Marina coloca-se na frente dele e diz.
-Por favor pare!
            Por pouco, Samantha não acerta o soco em Marina.
-Quer morrer também Marina?
-Escute, a esposa de Samurai está com câncer...eu o ouvi sem querer falando no telefone, e que ele precisava de dinheiro para pagar este mês os remédios já que o governo não liberou, então reclamei que estava com muito trabalho por que sabia que se Tsune ouvisse, iria me ajudar e como Samurai é bom com números iria jogar os cálculos para ele.
-Então foi armação de ambos? – Samantha fala e fecha o punho.
-Está enganada, eu pensei que mexer com os números da firma iria ajuda-lo á controlar o dinheiro dele, nunca pensei que iria pegar.....e que se pegasse, devolveria logo.....por favor, tome isso como um empréstimo.
-Sabe que a quantia foi relativamente grande e que, se está com problemas financeiros, não terá como me pagar.
-Então, pegue a mim como garantia.
            Tsune da um passo para trás e pensa.
-‘Que garota!’
            Samantha olha para Marina dos pés a cabeça, faz um olhar de magoado e zangado.
-Feito. Samurai tem uma semana para me pagar, mas, é claro que está demitido. Se ele não me pagar, seus órgãos serão vendidos. Está certa dessa decisão?
-É um risco que tenho que correr.
            Virando-se para trás, Samantha entrega a chave do seu carro para Tsune.
-Leve Marina pra casa.
-Certo. – Tsune responde.
-Norito, leve-me ao escritório. Esqueci meu casaco.
-Ok.
            Marina senta-se no chão e liga para uma ambulância. Todos vão embora e Tsune vai para o carro.
-Samurai está tudo bem? – Marina pergunta.
-Graças a você está...... – Samurai responde – Marina, por que fez isso?
-Todos merecem uma chance.
-Como sabe se vou pagar?
-Eu não sei....
            Samurai olha com dificuldade para Marina.
-Obrigado.
            Em casa, Samantha já havia chegado, estava sentada no sofá fumando e bebendo. Marina assusta-se.
-Por que você tem que ser tão boazinha?
-Boazinha?
-Essa quantia não se consegue do dia pra noite, você acha que ele consegue?!
-Não tenho nada a perder. – fecha os olhos.
            Samantha joga o copo em que estava bêbedo na parede ao lado de Marina, esse que fica paralisada e abre os olhos temendo algo.
-Não tem nada o que perder?! – se levanta – você é patética.
-Melhor ser patética do que sair quebrando as coisas e descontar a minha raiva espancando pessoas!
            Neste momento, Samantha fica ao lado de Marina e olha profundamente pra garota.
-ESSE É MEU TRABALHO MARINA! Empresto dinheiro, você me paga, se não me paga, recolho tudo que tens, se me trai, torturo e lhe mato!
-Precisa ficar tão zangada só por que intervi uma vez? Afinal, foi minha culpa.
-Poderia ter deixado tudo pra cima dele.
-NÃO SOU DO TIPO QUE JOGA A CULPA PROS OUTROS, ASSUMO E PRONTO! Algo contra?!
            Samantha fixa os olhos em Marina e sai do apartamento batendo a porta.
-Por que você é tão cabeça dura....?
            No outro dia, Marina começa a fazer um pouco de café em casa, às quatro da manhã.
*Não consegui dormir, Samantha não voltou pra casa.....e eu fiquei sem sono.....foi a primeira briga que tivemos e nossa, o que custa ela entender que eu estava errada? Eu entendo o trabalho dela mais.............nem sempre inocentes devem sofrer.*

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