12. Almoço com sensei.
No outro dia, Nokun vai para o colégio muito feliz, os amigos dele na sala percebem que seu humor tinha voltado. No intervalo, Nokun vê Maru passando por sua sala confuso e vai atrás dele.
-Maru? O que aconteceu?
-Nokun... – Maru olha para Nokun – podemos conversar depois? Quero ficar sozinho agora.
-Mas.. – é interrompido.
-Por favor.
Nokun consente com a cabeça e para de seguir Maru. Ao parar completamente no corredor vê Gion correndo em direção á Maru. Nokun anda pelo o corredor perdido em pensamentos.
-‘ Outra briga? – Nokun pensa – ciúmes talvez? Mas, Maru está indo o que quer dizer é que, quem está zangado, é Maru....Maru não é de demonstrar ciúme o que me deixa....’ – é interrompido.
-Nokun? – Toru-sensei diz.
-Sensei... – sorri.
-Há algo que quero lhe dar.... – entrega uma vasilha enrolada em um pano – aqui, aposto que não trouxe seu almoço, afinal, não dormiu em casa.
-O-Obrigado – fica corado e pega a vasilha – sensei, muito obrigado! Deve ter dado trabalho...
-Cla-Claro que não deu – cora – afinal a minha irmã faz questão de fazer o meu então....
Nokun fica um pouco depressivo, mas, sorri para Toru-sensei e olha para a janela triste.
-Sensei, se não quer me magoar.....não me dê esperanças.....
-Não entendo. – fica com uma carinha de bobo.
-Desculpe, não é nada... – vê Gion caindo – está chovendo garotos agora? – fixa os olhos – Merda! – coloca a vasilha nas mãos de Toru-sensei – volto num instante, então não comece a comer sem mim! Espere-me no último lance de escada, aquele que fica próximo ao terraço.
-Hã? – continua não entendendo.
Correndo como um desesperado, Nokun vai até o local que Gion caiu e o vê estatelado no chão. Desmaiado. Verifica algumas partes do corpo de Gion e diz.
-IDIOTA! – olha pra cima – ‘ as grades de proteção não estão abertas, o que quer dizer que ele pulou....ele subiu e pulou....a briga deles chegou a esse extremo? ’ HEI! – grita para três rapazes – PRECISO DE AJUDA AQUI!
Com a ajuda dos garotos, Nokun consegue levar Gion para a enfermaria, a enfermeira começa a cuidar dele e sentado no banco de espera da enfermaria, estava Maru com um olhar fixo ao chão. Tremendo. Nokun coloca uma mão em cima das de Maru e senta-se no chão retirando os cabelos do garoto do rosto.
-Acho que, já pode se acalmar agora. – Nokun fala.
-Ele se jogou.....de lá de cima....
-‘ então eu não estava errado ’ O que aconteceu Narumi!? Diga-me.
-Nanami e Gion estavam se falando...
-Como assim?
-Hoje de manhã, Nanami foi até a casa de Gion.....disse que queria falar comigo mas, eu não queria....
-Entendo... ‘agora tudo faz sentido ’ Não acha que se sua mãe foi até a casa dele atrás de você, ela não está preocupada?
-Mas....
-Sem “mas” Maru....
-Nokun... – sorri com lágrimas nos olhos – Você é meu melhor amigo.
-Eu sei, aproposito, sensei disse que não me odiava no final das contas..
-Eu sabia.... – limpa as lágrimas – com tudo ele foi perguntar de você pra mim.
-O que tenho que fazer Narumi?
-Fazer com que ele entenda seus sentimentos seria uma boa opção.
-Haha...vou tentar....e você....reflita um pouco, ele fez isso pelo seu bem, não acha?
-Ér....eu acho....
Enquanto isso, Toru sensei sobe as escadas e ao chegar no último lance, abre a porta do terraço para entra um vento.
-‘ O que estou fazendo...? – Toru pensa – ele é um aluno, eu não posso – senta-se na escada – ficar com um aluno, eu sei disso, entretanto, não é como se eu não me sentisse atraído por Nokun de alguma forma.’
Um passarinho entra pela porta e vai em direção ao sensei.
-Oi amiguinho.... – se move de vagar – o que faz aqui....deveria estar voando por ai... tenho inveja de você.... ‘ não fica perdido com sentimentos e nem nada disso....né senhor passarinho, o que faria no meu lugar? ’
Na enfermaria, Maru vai para o lado de Gion, a enfermeira tenta obriga-lo a ir pra aula, porém Maru se recusa. Nokun vai até o terraço correndo. Ao chegar lá, vê Toru-sensei brincando com um passarinho, como uma criança. O pássaro estava nos dedos dele. Nokun fica admirado, Toru estava sorrindo docemente.
-‘ Ele é.....extraordinariamente lindo....’ sensei..
Toru vira-se para Nokun e o pássaro voa. Toru-sensei estava olhando para Nokun com uma face diferente, uma face que ele só fazia quando ouvia a resposta certa de Nokun, uma face que dizia “esse é o meu aluno” ou “tenho orgulho de você!”, quando Toru á fazia, Nokun ficava ainda mais derretido, seus pais viviam viajando, não ficavam por muito tempo com ele. Era como se, seu sentimento desesperado de solidão, nunca tivesse existido.
-Francamente – Toru diz – a hora do intervalo está acabando – fecha os olhos – vamos logo come... – é interrompido.
Nokun abraça Toru fortemente.
-No-Nokun? – Toru se assusta.
-Sensei....eu te amo.
-Hã? – cora – mas o que é isso agora?
-Toru-sensei – olha nos olhos de Toru – eu te amo.
-E-Eu já ouvi.... – desvia o olhar.
-‘ Me rejeite.... – coloca as mãos nas bochechas de Toru e o beija – me bata, me brigue....se não vai dizer que me ama, me force a esquece-lo então! ’ – separa seus lábios dos de Toru – Sensei te amo.
Toru-sensei fica sem palavras. Olha para Nokun e desvia o olhar.
-Se não....comermos rápido.... – ainda corado.
-Desculpe... – não gosta do fato do professor ter desviado os olhos.
-O que aconteceu? – começando a comer.
-Gion caiu do terraço....
-Mesmo? Ele está bem?
-Sim.
-Entendo...
-Sensei, amanhã...
-O que tem?
-Eu poderia fazer o nosso almoço amanhã?
-Mas..
-Por favor?
-Ah....tudo bem.
-VIVA!
A campainha toca.
-Nokun, rápido.
-Certo.
Os dois comem bem rápido.
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