3.Feridas e Desculpas.
Alguns dias
se passam, Marina entra no escritório de Samantha, vê que a cadeira está virada
para a janela e que, aparentemente a chefe estava sentada lá. Marina para em
frente a mesa e diz segurando uma agenda.
-Chefe, as 2 horas você tem que comparecer a uma reunião no
centro, ás 5 tem um lanche com o executivo Maurício e foi convidada novamente
para jantar com o presidente as 7 e meia.. – percebe que a cadeira nem se move
– chefe?
Marina vai
até o outro lado da cadeira, deixando a agenda em cima da mesa. Atrás da
cadeira, uma vista estonteante para o mar era de deixar sem falas. Ao perceber,
Samantha estava dormindo como um bebe. Sua expressão era tão calma que chegava
a combinar com a vista. Marina suspira.
-Isso que dá ficar trabalhando até tarde, não dormir, beber
e fumar todo momento e não descansar.... – retira seu blazer e a cobre – você
precisa de um namorado.
Samantha
segura a mão de Marina e diz.
-Preciso? – puxa Marina e á beija demoradamente – que tal
assumir esse cargo também? ‘adorei a
ideia’
Marina fica
vermelha, dá um coque na cabeça de Samantha – que volta a dormir – e se
distancia.
-Você me assusta.... – Marina diz com medo.
Algumas
horas depois, Marina e Samantha chegam no segundo compromisso. Marina fica de
pé ao lado de Samantha que está sentada de um lado de uma mesa. Do outro, está
Maurício, um homem particularmente muito bonito e bem vestido com sua
secretária ao lado também.
-Meu Deus, cercado de tantas mulheres bonitas perco até
minha lucidez. – Maurício diz.
Samantha ri
e ergue uma taça de vinho cruzando as pernas, então diz.
-Não diga isso de tal forma.....mesmo sendo um elogio.
-Não seja tão mal...
-O pacote... – bebe – quando vai chegar?
-Eu encomendei essa semana.
-Meu dinheiro. Estou aqui para pegar o juros e sabe disso.
-Direta ao ponto como sempre, você nem apreciou a mesa que
mandei fazer especialmente pra você.
-Faça isso no meu aniversário e não em uma negociação,
então, onde está?
-Claro..... – estala os dedos e alguns homens armados entram
na sala – mas, não tenho nada agora, pode vir semana que vem?
-Não gosta de sujar suas mãos? – bebe todo o conteúdo da
taça.
-Se tenho quem faça pra mim... – levanta-se – por que eu
faria?
Assustada,
Marina recua um passo para trás e fica um pouco tenebrosa. Maurício e sua
secretária saem da sala. Samantha levanta-se da mesa, limpa sua boca e diz.
-Vamos meninos... – coloca duas luvas pretas – estou
desarmada – pisca – apenas, acabemos isso no mano a mano, o que acham?
Os homens
se entreolham, guardam suas armas e avançam. Marina recua mais um passo,
Samantha acerta rapidamente dois em pontos vitais, esquiva-se de um soco e dá
uma rasteira em outro cara. Enquanto isso, dois homens vão atrás de Marina, que
desesperada, joga uma cadeira em um e corre de outro.
-Não me disse que isso estava no pacote quando me
contratou!! – Marina fala alto correndo.
-Agora está. – socando um cara.
Samantha se
esquiva de um chute dando um soco em outro cara, suas pernas e braços se
movimentavam tão rápido que eles mal podiam acompanhar. Quando Samantha fica
menos em perigo, olha para Marina que, no exato momento está levando um soco e
cai no chão. Samantha puxa duas pistolas e diz.
-Seu chefe precisa renovar o estoque.
Sete tiros
são disparados de cada uma e cada um com um ombro pertencentes. Antes de ser
quase imobilizada por outro cara, que, por ventura, não tinha percebido, Marina
pega um resto da cadeira e bate com toda sua força na cabeça dele. Ele cai no
chão.
-Fazemos uma boa dupla não? – Samantha diz e ri.
-Diga por si mesma! – Marina fala um pouco zangada e
chorando.
Samantha
fica chateada consigo mesma, porém, ainda tinha algo pra resolver. Mesmo
tentando falar com Marina, Samantha não consegue e ambas vão caladas o caminho
todo. No térreo, Maurício havia sido raptado junto com sua secretária por
Norito e Sagane. No escritório, Samantha fica zangada em sua mesa concentrada
no computador, Marina fica sentada no sofá, Tsune aparece com um kit de
primeiro socorros e diz.
-Alguém está Muitíssimo zangada.
-Fala da chefe? – Marina pergunta ainda fungando.
-Sim, está doendo?
-Muito...
-Sinto muito por isso.
-MARINA! – Samantha grita de sua mesa.
-Não precisa gritar tão alto.... – Marina diz – eu est.....
– é interrompida.
-PEGUE ESSE KIT E VENHA AQUI! – fazendo sinais e colocando
um banco em sua frente.
-Não adiantou falar..... – Tsune diz rindo.
Por
Samantha aparentar estar com raiva, Marina vai antes de causar problemas para
Tsune.
-Só quero que saiba.... – senta-se no banco – que não
adianta ficar zangada comigo, por que, eu não tenho medo de você.
Todos ficam
esperando assustados uma reação de Samantha, porém a única coisa que ela faz é
abrir o kit e colocar anticépticos em um algodão – o homem havia batido em
Marina com um anel que á machucou e estava sangrando - . Passando lentamente no
local machucado, Samantha fica com uma expressão de preocupada e Marina á
observa, cada mínimo detalhe em seu rosto.
-‘Ela mudou de
expressão.....á quanto tempo que ela não faz isso?’
-Eu sei... – Samantha diz.
-Hum? – se assusta.
-Sei que não tem medo de mim, tecnicamente sabia que ele ia
fugir, porém, não sabia que haveria tantos caras e você ficaria em perigo
também, minha intenção era de não acabar com ninguém hoje com balas, mas quando
vi aquela cena...... Desculpe-me, Tsune vai te ensinar algumas coisas então....
-O que vai acontecer com ele?
-Somente o que ele tem no banco não vai dar pra pagar nem o
juros. Pegamos a filha dele e a mulher, ambas estão vendendo seus corpos,
porém, se elas não conseguirem, o único jeito é vender os órgãos de todos os
três o que pagaria tudo e me deixaria muito feliz. Eu e meu bolso.
Nesse
momento, o local onde o algodão estava, começa a arder e Marina faz uma carinha
de dor. Samantha retira o algodão e começa a soprar.
-Desculpe, machuquei você? – Samantha pergunta.
As duas
acabam ficando muito perto, e por instinto, Samantha lhe rouba um beijo doce e
suave. Um pouco doloroso. Marina afasta o rosto de Samantha e diz.
-Não podemos.......
-Por que?
-Doí! – com carinha de dor.
-Aaah, desculpe. – assopra.
Tsune que
estava vendo aquela cena, vira-se para Norito e diz.
-Será que ela vai ficar bem?
-Ela sempre fica Tsune.
-Digo....
-Está na hora de parar um pouco de se importar com a chefe e
ligar mais para sua namorada.
-Namorada?
-Quem? Tsune? Não acredito! – Sagane diz.
-E quem é a felizada? – Shimura pergunta – Como ela é?
-É Tsune.... – Norito diz sarcastimamente – como ela é?
Tsune olha
para Norito como quem diz “vou te matar” e fala.
-Ela é do tamanho de Norito, tem uns peitões, cabelos loiros
grandes, branca como Norito é calma, mas, não coloque uma arma na mão dela e
quando ela está com ciúmes é uma coisa de louco.....
Norito de
branco começa a ficar corado. Toda a conversa, Tsune olha para garoto.
-E como ela é na cama? – Shimura pergunta.
-Na cama? – Tsune pergunta – Um animal selvagem, diz sempre
que não está cansada, tirando os dias que quase morre no trabalho.
-Ela trabalha com o que? – Sagane pergunta.
-Ah, deixa isso quieto. – Tsune fala e começa a rir.
Shimura
olha para Norito e pergunta.
-Norito, está doente? Você está vermelho como um pimentão!
Norito
levanta-se e vai até o banheiro. Logo depois, Tsune vai ajuda-lo. No banheiro
com a porta trancada, Tsune diz.
-Foi você quem começou.
-Não pensava que levaria à serio! – Norito responde corado –
como vou encara-los?
-Você é lindo sabia? – Tsune diz, abaixa-se e beija Norito.
Norito é
quase do mesmo tamanho de Marina, um pouco maior, branco, loiro de cabelos bem
curtos, seus olhos são avelã e seus lábios bem torneados. Tsune é uma
besteirinha menor que Samantha, seu cabelo é preto espetado – parece um
adolescente – seu corpo é de modelo.
Enquanto
isso, após o curativo Samantha diz.
-A vaga que lhe ofereci de manhã.... – olha para Marina que
retribui o olhar – é sua mesmo que não aceite.
*O que essa mulher quer de
mim? Mal começo a trabalhar, levo um soco e sou beijada.....o que vai acontecer
amanhã? Espero que nada disso por favor.....talvez.....quem sabe.....o
beijo........*
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